25.06.2019
Edição: Rio de Janeiro
O Brasil se vê mais uma vez forçado a rever suas crenças econômicas, socioambientais e sua estratégia de desenvolvimento, sabendo que ficar para trás significa aumentar o custo de alcançar os países líderes no futuro, agravar o quadro social e ambiental e debilitar ainda mais o país. Temos a oportunidade de desmascarar os mitos que enredam o homem contemporâneo e que nos constrangem a trajetórias de desigualdade, degradação ambiental, ameaça à democracia e à sustentabilidade das economias.
As últimas décadas foram marcadas pelo boom de commodities e
cada vez menos pela participação dos bens manufaturados, sobretudo, bens de média e alta tecnologia. Estados como o Rio de Janeiro experimentaram a forte participação de setores mais afetados pela crise, como o industrial, além do agravamento da crise fiscal.
Mantém-se a questão: como não agravar ou empurrar o problema
para frente?
Para além do acordo de recuperação fiscal, o governo do Rio de Janeiro tem o desafio de reduzir seu endividamento e enxugar a máquina pública. Mas, no que isso vai dar? E, mais importante ainda são as questões não enfrentadas, como a geração de emprego e inclusão, a diversificação da matriz econômica e o estímulo ao setor produtivo sustentável.
O mercado brasileiro não avançará se virar as costas para o desenvolvimento sustentável, com políticas e investimentos públicos para motivar desde bens de alta tecnologia, a negócios de impacto social, incorporando agendas inclusivas de clima, transparência e direitos humanos. Enfrentar os nossos mitos e discutir o que isso realmente significa é o compromisso desta edição da Conferência Ethos 360° - Rio de Janeiro.